É o Quarteto de Trombones do Ceará, que chama atenção, além da formação inusitada e rara, pela beleza dos arranjos em que se costuram as diferentes vozes dos instrumentos, de forma complementar, com detalhes e sutilezas capazes de segurar a atenção e arrancar aplausos do público. Da dificuldade técnica de execução de melodias bem variadas no instrumento à escolha do repertório, passando pela atenção dedicada à tarefa de se comunicar com a platéia, Isaías Alexandre, Carlos Renato, Samuel Barros e Leandro de Abreu agradaram bastante, a partir da entrada em cena, com o tempero da música nordestina e um triângulo incorporado por Rômulo, um “quinto integrante” que fez as vezes de mestre de cerimônia e músico convidado.
Do baião ao choro, chegando a uma inspirada releitura para o clássico frevo “Vassourinhas” – trocando a força e a velocidade por um andamento bem mais cadenciado, revelador de belezas harmônicas no timbrar dos instrumentos em conjunto –, o Quarteto ainda palmilhou o Nordeste do maxixe, de “Jura” a “Paraíba”. Mas, ressaltando o propósito de demonstrar a versatilidade do instrumento, o quarteto mostrou uma nova roupagem para o “Samba de uma nota só”.
Entre homenagens ao trombonista Raul de Barros e ao maestro Manoel Ferreira, além de um “pout-pourri” de tangos, o grupo chega a mais um arranjo bem trabalhado – desta vez, para “Amazonas”, de João Donato. “Vocês não imaginam a importância de estar num festival destes”, enfatiza Carlos Renato, citando as dificuldades para a própria reunião dos músicos, cada qual atuante em uma frente profissional, e o desenvolvimento dos trabalhos do grupo. Fechando a apresentação, a velocidade de “O vôo do besouro” arranca mais aplausos, no dia em que os trombones deram o tom na Matriz de Viçosa.'
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=657937
Um comentário:
o trombone é a minha vida! ja faz parte de mim,do meu dia-a-dia. um "vicio", que por sinal é muito gostoso de ter,de praticar, dando vida a esse instrumento. alias mais que instrumento. "meu amigo pra tods as horas". minha metade....
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